Recentemente foi descoberto que em um fórum de hackers (pessoas que invadem sistemas e dispositivos eletrônicos de outros) estavam sendo vendidos ilegalmente 3,28 bilhões de senhas vinculadas a 2 bilhões de e-mails em todo o mundo, sendo 1,5 milhão delas de domínios governamentais – até mesmo agências de segurança e justiça.
Segundo a empresa carioca de segurança de rede Syhunt, o Brasil sofreu um vazamento de 9,78 milhões de senhas, sendo 68 mil de órgãos ligados ao governo, afetando domínios como Caixa Econômica Federal, Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), Câmaras Municipais, polícias estaduais, Poder Judiciário e Previdência Social. As senhas vendidas dão acesso a informações como CPF, CNPJ, e-mails, endereços postais, números de telefone ou cartões de crédito e outros dados privados utilizados na internet, em celulares, em tablets e outros dispositivos.
Senhas mais seguras
Esse vazamento já é considerado um dos maiores da história e levantou a questão da segurança de senhas que todo cidadão usa todos os dias e como evitar a dor de cabeça de ter um dispositivo ou conta invadidos.
Por isso, todo cuidado é pouco na hora de navegar na rede. “A pessoa acha que está navegando sozinha na internet, mas não está”, alerta Denis Farias, consultor jurídico em privacidade e proteção de dados. “Todos os seus passos e todos os cliques são capturados. Quase todos os sites têm ‘cookies’ (arquivos enviados ao dispositivo do usuário que monitoram suas ações virtuais).”
Sendo assim, é sempre bom lembrar: não acesse sites de pouca confiança e nunca abra links suspeitos em páginas desconhecidas, e-mails, aplicativos ou SMS (mensagens de texto), pois eles podem conter vírus que armazenam e roubam seus dados e senhas. “É muito importante conhecer a política de privacidade e de cookies do site em que você entra, Há alguns muito agressivos na coleta e no armazenamento de dados. Se não concordar com ela, o ideal é sair do site”, orienta.
Cuide das suas informações
“O ambiente virtual atual é um campo minado, no qual você deve ter muito cuidado onde pisa”, alerta Farias. “Há um perigoso mercado paralelo de compra e venda de dados entre as empresas, que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implantada recentemente, tenta frear. Deve existir o consentimento do usuário para que seus dados sejam compartilhados”, conclui Farias.
A Agência de Segurança Virtual e de Infraestrutura dos Estados Unidos (Cisa, na sigla em inglês) divulgou dicas de como navegar com segurança. Confira algumas das principais dicas no quado acima.
Fonte: Folha Universal
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